Pesquisa de pós-graduanda da FAMEZ propõe técnica alternativa para a avaliação de pastagens

Postado por: Thiago Almeida

Juliana Oliveira Batistoti, 27 anos, natural de Campo Grande (MS) possui graduação em Zootecnia pela UFMS e é mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal da UFMS (CIANIMAL), que está alocado na FAMEZ. A pesquisa que Batistoti está prestes a concluir tem como título “Uso do Vant na estimativa de biomassa e altura em pastagens” e se trata de um projeto que tem por finalidade estimar a altura do dossel forrageiro e massa de forragem por meio do sensoriamento remoto. Essa pesquisa conta com a orientação do professor Doutor Alexandre Menezes Dias e parceria com a Faculdade de Engenharia da UFMS (FAENG).

A mestranda, que já conta com a aprovação no curso de doutorado no mesmo programa, lembra que seu ingresso no mundo da pesquisa se deu no ano de 2017, quando entrou como voluntária de iniciação científica em projetos na área de Forragicultura e Pastagem do professor Doutor Alexandre Menezes Dias. Em 2018, após aprovação em todas as etapas do processo seletivo do CIANIMAL, iniciou o mestrado em março de 2018.

Vista superior do canteiro analisado no início da pesquisa.

Detalhando como se sucederam as atividades de sua pesquisa, a discente relata que o projeto foi desenvolvido em etapas, sendo que na primeira foram realizadas as coletas de dados e imagens da área experimental, localizada na Fazenda Escola da UFMS no munícipio de Terenos e que posteriormente as imagens coletadas pelo VANT a campo foram processadas no Laboratório de Geomática na FAENG/UFMS. Já na terceira etapa houve a realização das análises estatísticas e pôr fim a redação do Artigo para qualificação e defesa.

Área experimental: Canteiros de Panicum maximum cv BRS Tamani (nome da espécie do capim)

Batistoti diz que sua pesquisa tem potencial para reduzir os custos dos produtores rurais no que se refere ao monitoramento das pastagens utilizadas como fonte de alimentação para seus animais. Uma vez que, a metodologia corriqueira para avaliação de pastagens demanda mão de obra qualificada, tempo, e muitas vezes a utilização destas técnicas acaba inutilizando a forragem devido ao corte. Tal cenário torna onerosa a avaliação de pastagem em grandes áreas e é por isso que a utilização do sensoriamento remoto, objeto de estudo da pesquisa da mestranda, se torna uma ferramenta interessante, uma vez que não demanda muita de mão-de-obra e tempo excessivo para a coleta de dados, e não inutilizada as áreas de pastagens. Neste sentido, as grandes vantagens para a utilização do sensoriamento remoto na avaliação de pastagens são sua facilidade de utilização por não entrar em contato direto com a pastagem e por conseguir cobrir grandes áreas em menor tempo.

Batistoti incentiva que os demais alunos também procurem a pós-graduação strictu senso comentando sua evolução durante a realização de seu curso de mestrado: “Desenvolver o trabalho contribuiu para o meu desenvolvimento como pessoa uma vez que o trabalho foi realizado em conjunto com outra área distinta da Zootecnia, permitindo a troca de experiência entre as áreas. Assim, pude conhecer sobre novas tecnologias que podem auxiliar no meu trabalho como profissional tanto na área da pesquisa quanto em campo.”

Contatos: Juliana Batistoti – jubatistoti@gmail.com
Alexandre Menezes – alexandre.menezes@ufms.br